domingo, 28 de setembro de 2014

Vamos estudar Retórica?


"...ditadura do proletariado..."
"...o capitalismo é melhor para as pessoas pobres..."
"...só é possível implantar o socialismo na base da violência..."
"..um sistema capitalista sempre será melhor que qualquer socialista.."


"é fato!....muito embora minha senhora.. esse mesmo discursfrado.. êdiubaigdorânciadrebenda... o patrão ganhar sustento de forma honesta... massa de manobra... vamuistudá? mas caaalma que ainda fica pior.. mas esse vídeo tão curto não tem como abordar tudo":



Via: Brasil Post associado à Abril



Via Thiago Aguiar



Via Ditadura Comunista do PT



Via União Socialista Brasileiro

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

HOTEL GLÓRIA: O Rio mereceu Eike

Dá raiva passar em frente ao Hotel Glória. Ou ao que era o Hotel Glória. Raiva de Eike Batista, mas não só. Raiva do Rio de Janeiro. Aqueles escombros são o reflexo do que nós, cariocas, deixamos nos tornar.



O Glória foi inaugurado em 1922 com o status de hotel mais luxuoso da América do Sul --o Copacabana Palace surgiria no ano seguinte. Primeiro prédio construído no continente em concreto armado, é um primor de beleza em estilo neoclássico.

Vizinho do Palácio do Catete e do centro da cidade, foi endereço de políticos brasileiros, autoridades internacionais, artistas importantes, celebridades mundanas. Tem uma história.

Em 2008, Eike Batista comprou o Glória por R$ 80 milhões. Queria transformá-lo num hotel seis estrelas. Arrumou dinheiro no BNDES e começou a demolir tudo, preservando apenas a fachada tombada. Arrasou um teatro, os quartos, jogou fora os móveis e quase 90 anos de tradição.

Falido, fechou a porta do cenário apocalíptico, repassou o terreno para um fundo suíço e foi embora ser classe média --após, pai exemplar, repassar sua fortuna aos filhos.

Eike representa o capital especulativo, corrosivo, que não tem compromisso com nada que não seja o ganho imediato, sem respeitar passado ou futuro. É a força da grana que apenas destrói coisas belas.

Recebedor de licenças ambientais e incentivos do Estado, cedia seu jatinho para o governador Sérgio Cabral passear, numa promiscuidade incrivelmente (até para os padrões brasileiros) impune.

Durante seu império efêmero, foi bajulado por toda a servil cidade, incluindo artistas --que iam a ele mendigar patrocínios-- e jornalistas. Era um banqueiro de bicho janota, um agrocoronel poliglota.

O cadáver do Glória indica que o Rio fez por merecer Eike.

■□■□■□■□■□■□■□■□■□■□■□ Via LUIZ FERNANDO VIANNA