sábado, 17 de dezembro de 2011

REMOÇÕES provocadas pelos MEGAEVENTOS não é uma "notícia plantada"



FOLHA:
A articulação nacional dos comitês populares da Copa-2014 elaborou um dossiê, divulgado ontem, no qual estima que entre 150 mil e 170 mil pessoas serão vítimas de remoções forçadas devido às obras do Mundial e da Olimpíada do Rio, em 2016. A carta também repudia a Lei Geral da Copa e o Ato Olímpico, que, segundo o documento, cria um "estado de exceção", uma vez que promoverá a flexibilização das leis federais, estaduais e municipais para atender as exigências da Fifa e do COI (Comitê Olímpico Internacional).



Comite Popula Rio:
Relato de casos de despejos arbitrários e remoção de comunidades inteiras em processos ilegais de desapropriação para obras da Copa. Apesar da falta de informação e dados disponibilizados pelos governos, os Comitês Populares conseguiram a estimativa de 150 mil a 170 mil famílias que já tiveram ou correm o risco de terem violados seus direitos à moradia adequada.



APÚBLICA:
(São) estratégias de guerra e perseguição, como a marcação de casas a tinta sem esclarecimentos, a invasão de domicílios sem mandados judiciais, a apropriação indevida e destruição de bens móveis, a terceirização da violência verbal contra os moradores, as ameaças à integridade física e aos direitos fundamentais das famílias, o corte dos serviços públicos ou a demolição e o abandono dos escombros de uma em cada três casas subseqüentes, para que toda e qualquer família tenha como vizinho o cenário de terror



Manifesto contra as remoções - Comitê Popular:
Se os cidadãos responsáveis não impedirem esse massacre, os brasileiros que moram na Vila Autódromo terão tratamento similar ao que está sendo atualmente dado ao povo palestino. É uma crueldade dizer que se pretende embelezar locais por onde passarão os turistas da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Se essa mentalidade prevalecesse, seria preciso remover cerca de 2/3 da população da cidade, e fantasiar o Rio de principado europeu.



JORNAL DO BRASIL: Prefeitura gasta para remover moradores de área segura. Mesmo sem respaldo técnico, Secretaria de Habitação oferece até R$ 170 mil para retirar moradores: "Não dá para entender porque eles estão gastando milhões para remover pessoas de uma área segura e colocando outras áreas em risco. Talvez queiram construir algum condomínio"


"Tão derrubando a casa de quem tá vendendo e jogando o entulho na minha casa. Eu tenho 4 metros, eu não vendi nada, é velho, é caído, MAS É MEU! Eu estou na minha razão! Vão derrubar a casa da mãe do Paes!"


Apóie a CPI das Remoções: Imagens não deixam dúvida de que a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito é uma necessidade imediata. Não se trata apenas da questão social da Cidade, ou da moradia para os mais pobres. O que está em jogo é o próprio Estado Democrático de Direito. "Hoje nós estamos na Líbia no Brasil".


"Lutar contra a prefeitura tem sido uma luta muito desigual.
Qual a lógica? Ah, tudo bem passar por cima de favela, não vai sair tão cara a desapropriação. Se precisam de um estacionamento vão botá-lo, claro, na favela. Não é no posto de gasolina, não é em nenhuma outra alternativa de terreno. Vão justamente onde está a população mais vulnerável, onde o direito à moradia mais tinha que ser respeitado."

JORNAL DO BRASIL:
"A vida é assim", diz Bittar, secretário municipal de Habitação, sobre remoções de moradores para a Copa de 2014, ao rebater denúncias do Ministério Público Estadual, que avalia medida judiciais contra a prefeitura com base no relato de moradores removidos, Bittar disse que muitos reclamam por má -fé.


Nao sabia? Que tal compartilhar?

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