quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

#RondaRolezinho: CADÊ A POLICIA DO RIO?


"Hoje, 29/01/2014, fui correr no ATERRO DO FLAMENGO por volta das 20:00h, e como de costume a área é um playground para aqueles que têm a intenção de causar pânico e praticar roubos. Na metade da minha corrida fui alertado por um rapaz que vinha no sentido oposto da ciclovia, de que havia pessoas roubando mais à frente. Continuei minha corrida mais alerta, e vi 3 vagabundos correndo pelas pistas aonde os carros trafegam, e logo adiante 3 adolescentes ainda abalados por terem sido vítimas de roubo.

À partir desse momento a corrida, que deveria ser um momento de lazer, se torna uma busca por uma viatura... fosse da GUARDA MUNICIPAL ou da POLÍCIA MILITAR, porém nesse trajeto de 6KM não havia uma autoridade.... nem a pé, nem circulando em carros.... NADA! Retornei para o ponto onde normalmente termino a corrida no aterro, na altura da Rua Buarque de Macedo, onde também há um posto da GUARDA MUNICIPAL e algumas poucas vezes um carro da POLÍCIA MILITAR, mas as autoridades também lá não se encontravam. Estavam apenas 2 funcionários da COMLURB e para a minha (nada) surpresa encontro com 2 vítimas do mesmo trio e com um cidadão revoltado gritando... gritando mesmo "CADÊ A POLÍCIA?!?!"

A sensação de abandono, não só do aterro, mas da cidade inteira é revoltante! O rapaz com traços orientais foi abordado de surpresa enquanto corria, reagiu por instinto e teve ombro, parte do braço e rosto arranhados pelos meliantes. Já o senhor relatou que estava caminhando e nem reagiu, e levou uma facada no rosto, perto do olho, e teve todos os seus pertences roubados e precisou de dinheiro "emprestado" para ir ao Hospital MIguel Couto, com a roupa toda suja de sangue. E durante todo esse desenrolar o outro cidadão continuava, com razão, berrando a sua revolta e sumiu atrás de um policial.

Minutos depois aparece uma viatura da GUARDA MUNICIPAL, com 4 guardas, que mais pareciam estar dando uma volta no estilo turista. Informei todo o ocorrido seguido de um desabafo, e lá foram eles turistando atrás dos assaltantes. Cidade Maravilhosa pra quem?!"

por Michel Lima

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"Fui assaltado e esfaqueado ontem. Estou bem mas levei uns pontos na cara. Era o terceiro dia do projeto "De bike pro trabalho". Saí tarde mas me senti seguro, o Aterro estava cheio de gente. Tanto que resolvi ir pela pista compartilhada e não pela praia. Foi meu erro.

Na altura dos campos de pelada, me deparei com 3 garotos (diria 11, 14 e 15 anos). Não acreditei quando me empurraram e caí da bike. Em vez de sair correndo deles, levantei em sua direção. Erro DOIS. E terrível. Vieram pra cima e me juntaram. Socos, chutes e empurrões de parte a parte. E algumas facadas... No rosto! Depois, fugiram,

Levaram a bike, meu celular, carteira com uma boa grana e cartões. Toda uma mochila com esquema pra mudar de roupa. E o pior, uma camisa do Flamengo!

Menos de 1 minuto depois, apareceu um corredor que me ajudou, me mantendo minimamente são. Andei 1 km atrás de um policial que me tirasse daquele inferno. Nada! Depois, encontrei uma galera, incluindo um outro cara que também tinha sido vítima de um assalto. Parecia ter sido o mesmo grupo. Alguém me deu dinheiro. E fui de ônibus encontrar ajuda.

Levei uns belos pontos na cara e, não sendo Poliana, tive muita sorte pois meus olhos ficaram intactos.

Lição 1: Não ande no Aterro sozinho. Nem de bike, nem a pé. O mesmo vale para a Lagoa também.

Lição 2: Num assalto, não faça movimentos bruscos e avise o que vai fazer.

Eles me fizeram cair mas me levantei. Não vou deixar de pedalar pelo Rio que amo. Não vou deixar meu projeto Saúde 2014 naufragar. Não vou deixar de ir pro Centro de bike. Isso eles não levaram. Isso eles não podem levar. Nossos projetos TEM que suportar esses revezes.

Agora, aonde está o policiamento? Não vi nenhum policial no trajeto. As histórias de assalto no Aterro estão diariamente nos jornais e não fazem nada? Será que é o povo que vai ter que fazer alguma coisa? A revolta era geral no Aterro. Se pegam os moleques, duvido que saíssem vivos.

Então, se é só berrando que o poder público se pronuncia, eu vou berrar: 

CADÊ O POLICIAMENTO NO ATERRO? 

CADÊ O POLICIAMENTO NAS CICLOVIAS?

De resto, é cuidar para não ter muita consequência de saúde e agradecer a galera que me ajudou no Aterro, a rede familiar que foi maravilhosa, ao Leonardo que caprichou nos pontos e ao Anjo que me permite estar batucando essas letras.

Recuar, sim. Desistir, jamais!"


por Ricardo Monte
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